Entre as regiões, o Nordeste apresentou recuo de 2,5% na quantidade de empreendimentos
A abertura de empresas de janeiro a
setembro no País cresceu 1% sobre igual período do ano passado, segundo
levantamento da Boa Vista SCPC. Mas o destaque recaiu sobre as
Microempresas Individuais (MEIs), que cresceram 6% na mesma base de
comparação. O Sudeste e o Sul foram as regiões responsáveis pelo
crescimento das empresas. No acumulado do ano em comparação com o mesmo
período do ano anterior, registraram alta de 2,8%. As demais regiões
apresentaram queda no período: Nordeste, de 2,5%; Norte , de 3,1% e
Centro-Oeste, de 3,4%.
Com isso, Sudeste e Sul apresentaram
ganho de representatividade O Sul passou de 16,6% para 16,7% e o Sudeste
aumentou de 50,7% para 51,8%.
Segundo disse nessa sexta-feira (28) o
economista-chefe da Boa Vista SCPC, Flávio Calife, muito deste
crescimento de novas empresas, especialmente de porte micro, tem raiz no
elevado índice de desemprego. Sem perspectivas de voltar ao mercado de
trabalho num ambiente econômico adverso, os trabalhadores estão
empregando suas verbas rescisórias no negócio próprio.
Mercado
"As MEIs estavam crescendo a 14% no
trimestre passado. São empresas com faturamento mensal de até R$ 5 mil
ou até R$ 60 mil anuais", disse o economista. Ou seja, são
empreendimentos abertos para gerar renda equivalente ao que o
empreendedor conseguia quando trabalhava de empregado. O crescimento das
microempresas elevou em 3,5 pontos percentuais a participação desse
segmento, totalizando 74,2% das novas empresas, enquanto as demais
categorias perderam representatividade. Em relação ao segundo trimestre,
no entanto, a abertura total de empresas recuou 2%.
Setores
Quando analisada a composição das novas
empresas por setores, o levantamento da Boa Vista SCPC observou que o
setor de Serviços registrou ganho de representatividade. No acumulado de
2016, este segmento atingiu 55,9% das novas empresas, ante 54,4% no
mesmo período do ano passado. Como Indústria e Rural praticamente
permaneceram estáveis, o Comércio foi quem perdeu espaço, ao passar de
35,0% para 33,4% do total.
Fonte: Diário do Nordeste - CE/ FENACON
Fonte: Diário do Nordeste - CE/ FENACON
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