Exemplos mostram que, com garra e trabalho, brasileiros conseguem criar alternativas de renda
A crise econômica trouxe um reflexo positivo: o brasileiro está
empreendendo mais. O desemprego e o endividamento financeiro motivaram a
população a buscar novas fontes de renda. De acordo com pesquisa
divulgada pelo Sebrae, na média da população adulta do país (entre 18 e
64 anos), em 2015, a taxa total de empreendedores chegou a 39,3% — o
maior nível da série histórica, iniciada em 2002. Estima-se que 52
milhões de brasileiros nessa faixa estavam envolvidos na criação ou
manutenção de algum negócio, na condição de empreendedor em estágio
inicial ou já estabelecido. A pesquisa utilizou a metodologia da Global
Entrepreneurship Monitor (GEM), que considera empreendedores todos os
indivíduos que já possuem um negócio, formal ou informal, ou estão
envolvidos na criação de um deles.
No ano passado, a professora Janaína
Almeida Palmar abandonou o emprego formal para empreender. Começou a
produzir, em casa, acessórios de papel para festas infantis e criou a
marca Confraria do Sino. “Queria ter mais tempo para cuidar da minha
filha pequena. Precisava de flexibilidade de horário, de independência.
Como sempre gostei de fazer artesanato, resolvi arriscar, e está dando
certo”, conta. O negócio ainda não garante a Janaína uma renda fixa que a
sustente. “Tudo o que ganho reinvisto na empresa. Mas as encomendas
estão crescendo. Meu foco, agora, é me profissionalizar como
microempreendedora”, destaca.
A busca pela flexibilidade de horário,
principalmente para cuidar dos filhos pequenos, é o principal motivo
pelo qual as mulheres buscam empreender. Dados da organização Rede
Mulher Empreendedora, um grupo de apoio e capacitação, mostram que 75%
delas tomam a decisão após a maternidade. Na classe C, a porcentagem
aumenta para 83%. De um total de 1.376 mulheres pesquisadas em todo o
país pela Rede, com o patrocínio do Facebook, 85% já empreendem e 15%
pensam em empreender. As do Centro-Oeste lideram, com 22,3% do total.
Sonhos
Questionadas sobre as razões pelas quais
decidiram se dedicar a negócios próprios, 66% das mulheres disseram
poder trabalhar com o que gostam, enquanto 34% indicaram que empreender é
realizar um sonho. O da advogada Cláudia Cozer, 36 anos, é a
independência financeira. “Não quero depender da aposentadoria do INSS.
Quero manter meu padrão de vida. Para isso, tenho que começar a
trabalhar agora. Escolhi o marketing multinível por acreditar que esse
tipo de atividade se encaixa melhor no meu perfil e no meu ritmo de
vida, pois não quero largar a advocacia por enquanto”, explica.
Desde março, Cláudia concilia a advocacia com a venda de cosméticos por meio de catálogos. Sua rede, hoje, tem mais de 300 revendedores. “Toda semana, tem dinheiro entrando na minha conta. Estou muito feliz e satisfeita, pois ofereço para meus amigos um produto que uso e do qual gosto”, destaca. “Minha expectativa é de que, em quatro anos, essa renda supere a do meu trabalho atual e eu possa receber os dividendos sem precisar estar presente fisicamente em algum lugar”, completa.
Desde março, Cláudia concilia a advocacia com a venda de cosméticos por meio de catálogos. Sua rede, hoje, tem mais de 300 revendedores. “Toda semana, tem dinheiro entrando na minha conta. Estou muito feliz e satisfeita, pois ofereço para meus amigos um produto que uso e do qual gosto”, destaca. “Minha expectativa é de que, em quatro anos, essa renda supere a do meu trabalho atual e eu possa receber os dividendos sem precisar estar presente fisicamente em algum lugar”, completa.
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