A
Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado aprovou hoje (1º)
projeto de lei que torna a vaquejada patrimônio cultural imaterial e
manifestação da cultura nacional. A proposta é uma tentativa de reverter
decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de considerar a prática
inconstitucional, por estar ligada a maus-tratos de animais.
Durante
a discussão do Projeto de Lei da Câmara (PLC) 24/2016, do deputado
Capitão Augusto (PR-SP), o senador Roberto Muniz (PP-BA) defendeu a
vaquejada e disse que a prática é diferente das touradas, por exemplo,
em que não há “carinho” entre o homem e os animais, segundo ele.
Manifestantes protestam contra decisão do Supremo Tribunal Federal de proibir a vaquejada no país
“Diferente
de outros esportes, em outros países, como a tourada, onde a luta era
entre o toureiro verso o touro, do ser humano verso o seu animal, na
verdade esse esporte [vaquejada] nasce de uma necessidade e do carinho
que o vaqueiro tem pelo animal”, disse.
Segundo
Muniz, esse “carinho” é demonstrado durante a vaquejada. “Ele derruba e
traz o animal com muito carinho”, disse o senador.
Sobre
as acusações de maus-tratos nos eventos, o senador disse que o
bem-estar dos animais também está comprometido em outras situações e que
isso não justifica a decisão judicial. “Colocar um animal pet dentro de
um apartamento ou dentro de uma gaiola de 50 centímetros quadrados é
cuidar do bem-estar do animal?”, questionou.
O
PLC aprovado hoje pela comissão do Senado transformar as práticas de
montarias, provas de laço, apartação, bulldog, provas de rédeas, provas
dos Três Tambores, Team Penning e Work Penning, paleteadas e outras
provas típicas, como Queima do Alho e concurso do berrante, em
expressões artístico culturais, e as eleva à condição de manifestações
da cultura nacional e de patrimônio cultural imaterial.
agenciabrasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.