Duas mulheres dizem ter sido contaminadas com o vírus HIV dentro de ônibus do
transporte coletivo de João Pessoa.
Em um dos casos, após furar a vítima, o homem que estava com a seringa teria dito ao telefone:
“Pronto, acabei de furar mais uma”. Desesperadas e pedindo ajuda, as mulheres foram
encaminhadas ao Hospital Clementino Fraga, onde receberam o tratamento de profilaxia,
que combate o vírus.
Ônibus lotados são os principais alvos |
O caso em questão, de acordo com o Código Penal, se configura lesão
corporal grave, com pena que varia de dois a oito anos de reclusão. As mulheres não
procuraram a polícia para registrar queixa.
As revelações sobre o contágio da AIDS em ônibus da capital foram feitas pela diretora
Adriana Teixeira, que responde pelo Clementino. Segundo ela, as mulheres não se
conhecem e procuraram ajuda individualmente, em semanas distintas. “Muitas pessoas
pensam que isso é brincadeira, mas cabe o alerta. As duas mulheres sustentam a tese de
que foram furadas dentro do ônibus, sem que tivessem chance de defesa”, afirmou.
De acordo com o médico infectologista Fernando Chagas, o primeiro caso foi de uma
mulher de aproximadamente 40 anos. “Ela disse que estava no ônibus lotado e de repente
sentiu uma furada nas costas. Ao olhar para trás, viu um rapaz, de pele morena, falando ao
telefone que tinha acabado de furar mais uma”, explicou o médico. Segundo ele, a paciente
disse que no momento que recebeu a furada deu um grito, chamando a atenção dos demais
passageiros, mas ninguém interviu. Em seguida ela desceu do ônibus, chorando e muito
nervosa. Uma semana depois, o médico atendeu a segunda mulher, esta com cerca de 30 anos. “Ela
disse que estava no ônibus quando sentiu a furada. Tomou um susto e gritou. Assustada,
desceu e foi para o Clementino Fraga, com medo de ter sido contaminada”, explicou o
médico. Segundo ele, a mulher ficou desesperada, mas não deu detalhes sobre o caso, disse
apenas que na rua, ao contar a situação, foi orientada a procurar o Clementino.
As duas
pacientes receberam o tratamento com medicamentos antirretrovirais que
combate o vírus quando iniciada em até 48 horas após o contágio. Os
remédios devem ser tomados por 28 dias seguidos. Depois disso, é preciso
refazer o teste.
O 'carimbo da Aids' foi assunto abordado recentemente pelo
'Fantástico', da Rede Globo. A reportagem denunciou grupos que estavam
compartilhando
o vírus propositalmente – por isso a associação ao carimbo.
Fonte: http://www.onibusdaparaiba.com/2015/03/portadores-de-hiv-usam-seringa-para.html
Fonte: Jornal da Paraíba
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.