sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

A importância da Educação Ambiental no nosso meio



Por : Euzimar Gregório



Estamos sentindo na pele, em nosso cotidiano, uma urgente necessidade de transformações para superarmos as injustiças ambientais, a desigualdade social, a apropriação da natureza – e da própria humanidade – como objetos de exploração e consumo. Vivemos em uma cultura de risco, com efeitos que muitas vezes escapam à nossa capacidade de percepção direta, mas aumentam consideravelmente as evidências que eles podem atingir não só a vida de quem os produz, mas as de outras pessoas, espécies e até gerações.
Embasamento legal: A aprovação da Lei nº 9.795, de 27.4.1999 e do seu regulamento, o Decreto nº 4.281, de 25.6.20025, estabelecendo a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA), trouxe grande esperança, especialmente para os educadores, ambientalistas e professores, pois há muito já se fazia educação ambiental, independente de haver ou não um marco legal. Enquanto que a Lei nº 6.938, de 31.8.1981, que institui a Política Nacional de Meio Ambiente, também evidenciou a capilaridade que se desejava imprimir a essa dimensão pedagógica no Brasil, exprimindo, em seu artigo 2º, inciso X, a necessidade de promover a "educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio ambiente”.
Estamos vivenciando uma crise ambiental nunca vista na história, e isso se deve à enormidade de nossos poderes humanos, pois tudo o que fazemos tem efeitos colaterais e consequências não antecipadas, que tornam inadequadas as ferramentas éticas que herdamos do passado diante dos poderes que possuímos atualmente. Um dos mais lúcidos filósofos contemporâneos, Hans Jonas, descreveu, com uma simplicidade contundente, a crise ética de profundas incertezas em que nos achamos: “nunca houve tanto poder ligado com tão pouca orientação para seu uso. Precisamos mais de sabedoria quanto menos cremos nela”.
A educação ambiental assume assim a sua parte no enfrentamento dessa crise radicalizando seu compromisso com mudanças de valores éticos, comportamentos, sentimentos e atitudes, que deve se realizar junto à totalidade dos habitantes de cada base territorial, de forma permanente, continuada e para todos. Uma educação que se propõe a fomentar processos continuados que possibilitem o respeito à diversidade biológica, cultural, étnica, juntamente com o fortalecimento da resistência da sociedade a um modelo devastador das relações de seres humanos entre si e destes com o meio ambiente.
A ameaça ao meio ambiente é uma questão, eminentemente, ética. Depende de uma alteração de conduta. Após quase cinco séculos, seguindo essa última orientação, parece necessário operar uma síntese de ambas as posições, dado que o extraordinário poderio tecnológico do homem atual acrescenta e aprofunda suas responsabilidades.




A lei ambiental não tem sido suficiente. A proliferação normativa desativa a força intimidatória do ordenamento. Outras vezes, a sanção é irrisória e vale a pena suportá-la, pois a relação custo/beneficio estimula a vulneração da norma.
Apenas uma nova cultura ambiental no meio educacional, com um trabalho começando desde a pré-escola é que iremos obter bons resultados para preservação do nosso meio ambiente. A educação ambiental vem sendo uma das políticas sociais que vem sendo discutidas por diversas entidades como escolas, centros de educação, universidades, entre outros meios formais de comunicação, visto que esse conjunto de ensinamentos teórico e prático é necessário e urgente, na preservação do meio ambiente.
Exemplos básicos de Educação Ambiental no nosso dia a dia:
*  Colocar nosso lixo no horário e dia certo que o carro da coleta passa;
*  Podar as nossas árvores, pois elas nos fornecem enormes benefícios;
*  Não jogar papel ou qualquer outro tipo de resíduo nas vias públicas;
*  Manter nossas escolas limpas;
*  Trabalhar com projetos de preservação ambiental nas escolas;
*  Plantar árvores que se adaptem ao nosso semiárido;
*  Não desmatar nossa vegetação nativa existente na nossa região;
*  Não criar pássaros presos em gaiolas;
*  Não caçar;
*  Não maltratar os animais.
Outros exemplos aqui serão citados de práticas em educação ambiental local. A lei ambiental não tem sido suficiente. A proliferação normativa desativa a força intimidatória do ordenamento. Outras vezes, a sanção é irrisória e vale a pena suportá-la, pois a relação custo/beneficio estimula a vulneração da norma.
Apenas uma nova cultura ambiental no meio educacional, é o caso da educação ambiental, sendo uma das políticas sociais que vem sendo discutidas por diversas entidades como escolas, centros de educação, universidades, entre outros meios formais de comunicação, visto que esse conjunto de ensinamentos teórico e prático é necessário e urgente, na preservação do meio ambiente.
A educação ambiental poderá coibir a reiteração de práticas lesivas, hoje disseminadas e, pior ainda, toleradas. Todos nós, somos responsáveis pelos desastres cotidianos, ocorridos em vários cantos da cidade. A crise não do ambiente, e sim de valores. É realmente uma crise ética.


Formar uma consciência ambiental ética, contudo, mostra-se como única alternativa para viabilizar a vida, num planeta sujeito a tantas degradações. Uma ética ambiental que seja contrária a pretensiosa concepção de que a natureza é, apenas meio e, os objetivos do homem, o único fim. Mostra-se urgente, a revitalização de valores éticos, nos quais a bondade e a solidariedade incidam também, sobre a natureza.
Com essa nova ética, diferente da ética tradicional, pautamos toda a nossa vida e, assim, estaremos agindo sempre com um maior compromisso ético criado por nós; dentro de nós; em nossa sociedade, sem nenhuma lei que não seja nossa consciência.
O compromisso ético reflete-se em ações éticas, isto é, em ações correntes com os princípios éticos da pessoa, de modo que as ações impulsionadas por esta nova ética, homem-natureza terão resultados favoráveis à preservação ambiental e, consequentemente, a melhoria da qualidade de vida. A mesma passa a ser o início de uma nova ordem mundial, uma nova filosofia de vida do ser humano, alicerçada em novos valores extrassociais humanos. Sua base cientifica é o estudo da relação homem-natureza neste binômio, todas as raças e todos os seres existentes. No entanto, ajudará a formar uma humanidade consciente de sua posição perante a vida no planeta Terra e, dará origem a uma nova postura, um novo comportamento.
Bibliografia
Ministério da Educação, Coordenação Geral de Educação Ambiental: Ministério do Meio Ambiente, Departamento de Educação Ambiental: UNESCO, 2007.
ABREU... [Org.] Meio Ambiente Sociedade e Desenvolvimento: uma abordagem sistêmica do comportamento humano – (Ética Ambiental). Editora: EDUFCG. Campina Grande, 2010.




















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