Por : Euzimar Gregório
Estamos sentindo na
pele, em nosso cotidiano, uma urgente necessidade de transformações para
superarmos as injustiças ambientais, a desigualdade social, a apropriação da
natureza – e da própria humanidade – como objetos de exploração e consumo.
Vivemos em uma cultura de risco, com efeitos que muitas vezes escapam à nossa
capacidade de percepção direta, mas aumentam consideravelmente as evidências
que eles podem atingir não só a vida de quem os produz, mas as de outras
pessoas, espécies e até gerações.
Embasamento
legal: A
aprovação da Lei nº 9.795, de 27.4.1999 e do seu regulamento, o Decreto nº
4.281, de 25.6.20025, estabelecendo a Política Nacional de Educação Ambiental
(PNEA), trouxe grande esperança, especialmente para os educadores,
ambientalistas e professores, pois há muito já se fazia educação ambiental,
independente de haver ou não um marco legal. Enquanto que a Lei nº 6.938, de
31.8.1981, que institui a Política Nacional de Meio Ambiente, também evidenciou
a capilaridade que se desejava imprimir a essa dimensão pedagógica no Brasil,
exprimindo, em seu artigo 2º, inciso X, a necessidade de promover a "educação
ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da comunidade,
objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio ambiente”.
Estamos
vivenciando uma crise ambiental nunca vista na história, e
isso se deve à enormidade de nossos poderes humanos, pois tudo o que fazemos
tem efeitos colaterais e consequências não antecipadas, que tornam inadequadas
as ferramentas éticas que herdamos do passado diante dos poderes que possuímos
atualmente. Um dos mais lúcidos filósofos contemporâneos, Hans Jonas,
descreveu, com uma simplicidade contundente, a crise ética de profundas
incertezas em que nos achamos: “nunca houve tanto poder ligado com tão pouca
orientação para seu uso. Precisamos mais de sabedoria quanto menos cremos
nela”.
A
educação ambiental assume assim a sua parte no enfrentamento dessa crise
radicalizando seu compromisso com mudanças de valores éticos, comportamentos,
sentimentos e atitudes, que deve se realizar junto à totalidade dos habitantes
de cada base territorial, de forma permanente, continuada e para todos. Uma
educação que se propõe a fomentar processos continuados que possibilitem o
respeito à diversidade biológica, cultural, étnica, juntamente com o
fortalecimento da resistência da sociedade a um modelo devastador das relações
de seres humanos entre si e destes com o meio ambiente.
A
ameaça ao meio ambiente é uma questão, eminentemente, ética. Depende de uma
alteração de conduta. Após quase cinco séculos, seguindo essa última
orientação, parece necessário operar uma síntese de ambas as posições, dado que
o extraordinário poderio tecnológico do homem atual acrescenta e aprofunda suas
responsabilidades.
A
lei ambiental não tem sido suficiente. A proliferação normativa desativa a
força intimidatória do ordenamento. Outras vezes, a sanção é irrisória e vale a
pena suportá-la, pois a relação custo/beneficio estimula a vulneração da norma.
Apenas
uma nova cultura ambiental no meio educacional, com um trabalho começando desde
a pré-escola é que iremos obter bons resultados para preservação do nosso meio
ambiente. A educação ambiental vem sendo uma das políticas sociais que vem
sendo discutidas por diversas entidades como escolas, centros de educação,
universidades, entre outros meios formais de comunicação, visto que esse
conjunto de ensinamentos teórico e prático é necessário e urgente, na preservação
do meio ambiente.
Exemplos básicos de
Educação Ambiental no nosso dia a dia:
* Colocar
nosso lixo no horário e dia certo que o carro da coleta passa;
* Podar
as nossas árvores, pois elas nos fornecem enormes benefícios;
* Não
jogar papel ou qualquer outro tipo de resíduo nas vias públicas;
* Manter
nossas escolas limpas;
* Trabalhar
com projetos de preservação ambiental nas escolas;
* Plantar
árvores que se adaptem ao nosso semiárido;
* Não
desmatar nossa vegetação nativa existente na nossa região;
* Não
criar pássaros presos em gaiolas;
* Não
caçar;
* Não
maltratar os animais.
Outros exemplos aqui
serão citados de práticas em educação ambiental local. A lei ambiental não tem
sido suficiente. A proliferação normativa desativa a força intimidatória do
ordenamento. Outras vezes, a sanção é irrisória e vale a pena suportá-la, pois
a relação custo/beneficio estimula a vulneração da norma.
Apenas
uma nova cultura ambiental no meio educacional, é o caso da educação ambiental,
sendo uma das políticas sociais que vem sendo discutidas por diversas entidades
como escolas, centros de educação, universidades, entre outros meios formais de
comunicação, visto que esse conjunto de ensinamentos teórico e prático é
necessário e urgente, na preservação do meio ambiente.
A
educação ambiental poderá coibir a reiteração de práticas lesivas, hoje
disseminadas e, pior ainda, toleradas. Todos nós, somos responsáveis pelos
desastres cotidianos, ocorridos em vários cantos da cidade. A crise não do
ambiente, e sim de valores. É realmente uma crise ética.
Formar uma consciência ambiental ética, contudo, mostra-se como única alternativa para viabilizar a vida, num planeta sujeito a tantas degradações. Uma ética ambiental que seja contrária a pretensiosa concepção de que a natureza é, apenas meio e, os objetivos do homem, o único fim. Mostra-se urgente, a revitalização de valores éticos, nos quais a bondade e a solidariedade incidam também, sobre a natureza.
Com
essa nova ética, diferente da ética tradicional, pautamos toda a nossa vida e,
assim, estaremos agindo sempre com um maior compromisso ético criado por nós;
dentro de nós; em nossa sociedade, sem nenhuma lei que não seja nossa
consciência.
O
compromisso ético reflete-se em ações éticas, isto é, em ações correntes com os
princípios éticos da pessoa, de modo que as ações impulsionadas por esta nova
ética, homem-natureza terão resultados favoráveis à preservação ambiental e,
consequentemente, a melhoria da qualidade de vida. A mesma passa a ser o início
de uma nova ordem mundial, uma nova filosofia de vida do ser humano, alicerçada
em novos valores extrassociais humanos. Sua base cientifica é o estudo da
relação homem-natureza neste binômio, todas as raças e todos os seres
existentes. No entanto, ajudará a formar uma humanidade consciente de sua
posição perante a vida no planeta Terra e, dará origem a uma nova postura, um
novo comportamento.
Bibliografia
Ministério da Educação,
Coordenação Geral de Educação Ambiental: Ministério do Meio Ambiente, Departamento
de Educação Ambiental: UNESCO, 2007.
ABREU... [Org.] Meio
Ambiente Sociedade e Desenvolvimento: uma abordagem sistêmica do comportamento
humano – (Ética Ambiental). Editora: EDUFCG. Campina Grande, 2010.
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